A notícia de que o vírus tipo 4 da dengue já circula por Santos, onde
quatro casos da doença foram confirmados, é assunto entre moradores dos
bairros onde as ocorrências foram registradas. Mas, segundo o
infectologista Marcos Caseiro, o assunto deve ser motivo de preocupação
de toda a população. “Se a temperatura continuar neste ritmo, Santos
caminha para uma nova epidemia de dengue. E estou notando que há muitos
mosquitos na Cidade”, alerta.
A informação, divulgada na
sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde, aponta que quatro
pessoas foram infectadas entre fevereiro e março deste ano com o novo
tipo da doença: uma no São Manoel, duas no Rádio Clube e uma criança de
12 anos no Morro Nova Cintra.
“Ouvi dizer que teve uma pessoa
daqui que ficou bem mal de dengue, teve que ser internada. Mas não sei
se foi esse tipo 4”, afirma Maria José dos Santos.
Em outro ponto
do bairro, o comerciante José Dirceu também se pergunta quem teria
contraído a doença. Entretanto, ele não se desespera. “Aqui no meu
comércio procuro eliminar todos os focos do mosquito. Além disso, o
pessoal da dengue da Prefeitura passa direto. Só tive dengue uma vez, há
muitos anos”.
Já Maura Terezinha Freitas Nakajo, também
comerciante, não gosta nada de saber que aumentaram suas chances de ter a
doença. Ela teve dengue há 10 anos, mas não esquece os sintomas. “Até a
minha unha doía”. Desde então, também faz questão de eliminar possíveis
focos.
Marcos Caseiro explica que é hora das pessoas redobrarem
seus cuidados e que pode haver o padrão asiático de transmissão.
“Atingindo pessoas mais jovens, que nunca contraíram dengue. Ao ser
infectada, a pessoa fica imune àquele vírus”.
Evolução
Uma
paciente de 23 anos está internada na UTI da Santa Casa de Santos com
Síndrome de Guillain-Barré, que deixa os nervos paralisados. A doença
evoluiu a partir da dengue. A chefe do Departamento de Vigilância em
Saúde da Prefeitura, Iraty Nunes Lima, afirma que este quadro não está
diretamente relacionado à dengue, pois pode evoluir a partir de qualquer
vírus. “E não há como evitar”.
Já quem tem dengue clássica e não
tomar os cuidados necessários pode ter o quadro agravado para a forma
hemorrágica ou para a síndrome do choque da dengue, que é a forma mais
grave do tipo hemorrágico. “Essa é a nossa maior preocupação, pois isso
pode ser evitado com o tratamento adequado”.
Quem tem alguma
doença pré-existente, como diabetes, ou toma medicamentos como
corticoides, deve ficar mais atento. O mesmo vale para quem já contraiu
dengue antes, seja uma, duas ou três vezes. “Quando acontece o primeiro
contágio, a chance de evoluir para a hemorrágica é mais baixa. Já em uma
segunda vez, a reação do corpo é mais exacerbada e o risco é maior.
Fonte.http://www.atribuna.com.br
domingo, 22 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário
Postar um comentário